Pelas
regiões abissais da natureza
Existem
inúmeros acervos de gases
Que
se misturam em adventos cósmicos
E
produzem nas esferas do espaço
Manifestações
as mais diversas no éter carcomido
Pelas
poluições herméticas da terra gangrenada.
As
correntes eólicas são vetores de degradação
E
nas plataformas das enseadas continentais
Os
hemisférios se curvam diante das orgias
Patrocinadas
pelas substâncias físico-químicas
Já
manietadas à custa dos interesses mundanos
Que
não somente desmatam, mas cerzem a atmosfera.
Perante
o comboio das cadeias de sobrevivência,
Há
elementos dilacerados pelas transformações atômicas
Que
se atritam entre si e tornam a seara sideral
A
floresta negra das ambições fúteis e desnutridas
Em
que o produto geográfico desnuda o geológico
E
traz aos parâmetros da vida terrestre doenças incuráveis.
As
combinações maléficas se espalham no orbe
E,
aos aspectos denominados vida, advém a morte...
Este
é o cenário das mutilações impostas ao universo
Tão
circunstancialmente formado há bilhões de anos,
Não
obstante na fantasia dos silêncios execráveis
Encontram-se
os segredos das constelações da metafísica
E,
um dia, mesmo que não queiramos, seremos estrelas cadentes!
DE Ivan de Oliveira Melo
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