É
o tempo que passa
E
nos arrasta com ele.
Somos
leves qual pássaro
Que,
dentre os assobios das brisas,
Voa
sem destino pelas veredas
Sem
portos, sem estações.
Somos
sobreviventes anônimos
Das
infecções virulentas e bacterianas
Que
assolam um planeta já febril.
Somos
vítimas e assaz testemunhas
Das
patologias que desregram o social
E
nos lambuza de efeitos contagiosos.
Felizes
somos nós que vivenciamos
As
arestas desconhecidas das enfermidades
E
as ultrapassamos com galhardia.
Resta-nos
uma reflexão íntima
A
fim de que possamos entender a vida
Como
suporte sublime da Criação.
Que
os conflitos pandêmicos ilustrem
Os
corações de pedra...
Que
o sofrimento que gera imposição
Possa
transformar o mal em bem,
A
tristeza em alegria,
A
ignorância em conhecimento,
As
trevas em luz!
Por
si só, a vida é um milagre...
As
mãos precisam se tocarem,
Os
abraços necessitam produzir amor
Numa
confraternização de fé!
Que
este presente de hoje
Possa
ser, amanhã,
Um
passado de transfigurações
Em
que o orgulho se dobre
Diante
da humildade,
Que
o egoísmo se retrate
E
possa distribuir o verdadeiro alimento
Que
seduz a alma: o amor!
Viver
é estar plenamente consciente
Da
responsabilidade com o próximo...
Que
a hipocrisia seja ultrajada
Pela
verdade que é altruísta.
Que
as bocas não precisem prolatar
O
“eu te amo”, pois que seja
Esta
a premissa do olhar!
Que
as mortes não hajam sido em vão,
Mas
sacrifícios que regeneraram
O
sabor da existência!
DE Ivan de Oliveira Melo
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