Eis
em que se resume
A
existência desse mancebo
Que
é jovem e parece sebo,
Pois
viver do velho é costume.
Pior
é que não se assume
E
em sua vida edificou acervo
Das
coisas antigas e o que percebo
É
a zombaria que criou volume.
Estranho
respirar esse azedume
Que
fere o olfato e eu concebo
O
tempo que produz esse esterco
É
da vontade própria que se presume.
Eis
o futuro... Que o gajo se perfume
Com
o sabor execrável desse curtume!
DE Ivan de Oliveira Melo
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