domingo, 25 de outubro de 2020

NEGRUME


 

 

Eis em que se resume

A existência desse mancebo

Que é jovem e parece sebo,

Pois viver do velho é costume.

 

Pior é que não se assume

E em sua vida edificou acervo

Das coisas antigas e o que percebo

É a zombaria que criou volume.

 

Estranho respirar esse azedume

Que fere o olfato e eu concebo

O tempo que produz esse esterco

É da vontade própria que se presume.

 

Eis o futuro... Que o gajo se perfume

Com o sabor execrável desse curtume!

 

 

DE  Ivan de Oliveira Melo

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário.