Meu
olfato é híbrido...
Odores
nauseabundos e afáveis
Formam
em mim lúdico perfume
Que
é incongruente ao idílio,
Mas
sazonal, de ritos inexoráveis
Que
em mim se fixa sem queixume.
Meu
paladar é de vigor estreme
Aliado
a um tato anacrônico
Que
traz do passado refinado creme
Deslizante
e suave como um cântico!
Minha
audição é sensível e burlesca,
Duma
sonoplastia que busca o hilário
Tamanho
o hibridismo do campanário
Que
faz vibrar a aspiração picaresca...
A
visão assiste ao consuetudinário!
DE Ivan de Oliveira Melo
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