Debruço-me sobre o chilrear dos pássaros
Que me convidam a participar da sinfonia
Na cinzenta manhã em que se desenha o dia
Dum inverno que tosse chuva aos pedaços...
Latejo no cortante frio e me agasalho solene
Com as colchas de algodão sobre minha cama,
Então lembro versos que minh’alma declama
E me envolvo no ápice que fecunda meu gene.
Meus dentes tiritam e minha boca umedece,
O corpo é ladainha de movimentos e estresse
E os olhos são interrogação em busca do sono...
Às horas tontas se ultrapassam todos os limites
E nos sonhos enclausurados é que se permite
Que as vagas do mar íntimo cifrem o abandono!
DE Ivan de Oliveira Melo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário.