segunda-feira, 30 de novembro de 2015

INSOLÊNCIA

Eu sou ousadia: contemplo defeitos e vícios
Que o homem adquire ao longo da existência,
Jornada pedregosa que o faz refém da vida
E de sua própria consciência ascética e brumosa.

Eu sou petulância: observo a desnudez de fantasia
Que os indivíduos se dão a si mesmos de adereços
Que travestem sua imagem perante cristais foscos,
Embaciados na hipotética aventura de ser exemplo.

Eu sou imodéstia: percebo as cavalgaduras feridas
Que as criaturas se moldam diante de falsos altares
Adornados à luz de velas coloridas que são arreios...

Eu sou irreverência: uso da palavra para desmistificar
Os arroubos coléricos das gentes que se escondem
Debaixo de prefácios hipócritas... na real, sou humano!




DE  Ivan de Oliveira Melo


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