TUDO E NADA...
Dá-se o vento...
Folhas secas caem dos galhos,
Passarelas recheadas de esperança,
Poeira encardida inunda o ar
Deixando o tempo ressabiado...
Dá-se a chuva...
Torrentes de água nos campos,
Rios abandonam seus leitos,
Lama escorre pelos vales
Deixando a vida insossa...
Dá-se o sol...
Bronzeados enfeitam os corpos,
Suor encharca rostos contritos,
Calor dinamita o bom-humor
Deixando a preguiça hibernar...
Dá-se o sono...
Noites tumultuadas de pesadelos,
Tímido orvalho anuncia a madrugada,
Mortalhas cruzam os espaços
Deixando sonhos castrados ao relento...
Dá-se tudo,
Dá-se nada...
DE Ivan de
Oliveira Melo
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