sábado, 28 de novembro de 2015

MURO DA VERGONHA

Sinto um muro imaginário na consciência
Que faz limite entre os lados da reflexão...
Em cada perímetro há uma gama de ideias
Que se acoplam de acordo com seus temas.

Constantemente dou azo aos pensamentos
E viajo nas inconstâncias dos erros e acertos.
Os lados são coordenados entre si, libertos
Das artimanhas da vida e externos palpites.

Através das experiências que os olhos veem,
Enriquecem ou paulatinamente empobrecem
Passando a mim sensações que são cartilhas
Donde me espelho para o cultivo do equilíbrio.

As mazelas do mundo bailam diuturnamente
Engendrando na inconsciência apelos febris,
Adocicados mediante a exibição do prazer
Que é falso refúgio onde habitam os miasmas.

Testo o raciocínio quando faço a leitura do dia
E me elevo ao estágio alfa, êxtase paradoxal
Que me mantém atento ao apelo da hipocrisia,
Mutante desvairada que joga sujo e é cobarde.

Intimamente me asseguro d’algo muito forte
Que é a confiança que me rege a latifundiária
Observação dos valores codificados no tempo
E ergo em meu âmago um templo de oratórios...

As peripécias do quotidiano tentam manchar
As notificações aprazadas no púlpito da verdade
E galgar degraus que bebem sinais de insistência,
Entretanto convido a memória à execução do bem...

Teço raízes que me alimentam contra adversidades
E sobre o muro jamais ponho a sapatilha da dúvida,
Respeito absoluto governa as áreas em que respiro
E a atenção é redobrada durante todos os intervalos.

Não ofereço aos ventos caronas que me derrubem,
Mantenho meu silêncio na ótica do saber onde piso
A fim de que caso venha a tropeçar diante de mim,
Possa ter eu testemunho de que lutei para não cair...

Assim são os minutos que dão a satisfação do viver,
Sou holofote dos meus passos e não os empresto,
Que cada qual espione sua vergonha e personalidade

E evite ser fantoche que fica sobre o muro, indeciso!

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