Luzes
apagadas. Sem luar. Noite tétrica.
Pássaros
pretos, insones, vagueiam no ar.
Pios
assustadores rasgam, no silêncio, a dor.
Vultos
se congestionam num embalo frio.
Calor
insuportável governa as mentes. Suor!
Indubitáveis
receios geram gemidos glúteos
E
uma nobreza de olfato põe perfume pudico
Na
narinas que tossem esdrúxulos carboidratos.
Seca.
Não há água para saciar-se a sede infértil,
Mas
torneiras humanas derramam urina insensata
Sobre
o desequilíbrio ecológico da terra árida.
Sons
gasosos escapam pelas chaminés dos corpos
Envaidecendo
as nuvens que se abrem de repente…
Chuva
intensa. Profundo vendaval acolhe rebeldes…
DE
Ivan de Oliveira Melo
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