sábado, 3 de junho de 2017

CIÚME

Sentimento que assaz dilacera
O intrínseco da alma que pune
O ressabiado que é só estrume
Do pensamento vil de sentinela.

Extravagância dum ser que vigia
Cada movimento que não é seu,
Sabe detalhes que são o apogeu
Da felicidade alheia e da ousadia.

Sofre em silêncio o sério dissabor
De partilhar apenas para si a dor
De desejar o proibido que o reúne

Às lágrimas que são a desventura...
Indivíduo indigesto que porventura
Sabe de tudo o que sente é ciúme!


DE  Ivan de Oliveira Melo




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