domingo, 4 de junho de 2017

CONVULSÕES

Quando meu espírito escutar a aurora,
Que meu peito grite diante das gentes
E faça da dor o bálsamo que se sente
E que a felicidade, atônita, implora!

Quando o outono desfolhar o tempo,
Que a última flor seja a glória do amor
E que se possa navegar seja onde for
Para que se singre intato o sentimento.

Quando o vento assobiar pelo deserto,
Que a página da vida expulse o pesadelo
E que os sonhos não mudem de endereço.

Quando a existência banir todos os tédios,
Que a sinagoga faça tinir o bronze de ferro
A fim de que a luz que morre renasça perto!


DE  Ivan de Oliveira Melo




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