Plumas
sobrevoam teu corpo
inerte,
Lágrimas
umedecem tua face
rígida,
Muito cedo partes... Por
que esta despedida
Se o amor
que prometeste não
me deste?
Navegas agora pelos
paetês da vida
eterna
E eu mergulho
numa solidão moribunda
sem fim...
Tempo
ingrato... horas ermas...
Que será de mim
Se o paladar
daqueles beijos meus
lábios conservam?
Saudade... Palavra
vazia do que
não há espera,
Pois o mundo
dissipou todas as
quimeras
E a noite
dorme no mausoléu
dos meus sonhos...
Morte... em meu
jardim sinto teu
olfato...
Por que tuas
flores negras perfumaram
meu regaço
Abandonando-me
desnudo perante um
respirar tristonho?