Talvez  já  não 
viva  o  doce 
despertar  da  vigília,
Um  sono  acrobático 
cerra-me  a  decência 
do  olhar
E  no  sonho 
paraquedista  desço  sonâmbulo 
sobre  o  mar
Provando  da  demência 
o  néctar  da 
atmosfera  dulcíssima.
Os 
torvelinhos  fazem-me  rodopiar 
no  astral  da 
inconsciência
E  meu  raciocínio 
adormecido  retém  do 
fulgor,  a  sonoplastia...
Devaneios 
íngremes  cirurgiam-me  uma 
atroz  melancolia
E  meu  corpo 
valsa  sobre  os 
andaimes  das  vagas 
sem  clemência...
Minhas 
reflexões  se  perdem 
dentre  o  meneio 
das  águas
Que  balouçam  reticentes 
diante  do  fluxo 
e  refluxo  da 
maré,
Num  delírio  de 
sussurros  destaca-se  um 
burburinho  de  fé
E  em  minha 
face  sazonada  pelo 
tempo  lágrimas  deságuam.
Através  da  corrente 
marinha  sou  abandonado 
num  banco  de 
areia
E  salvo  da 
tempestade  onírica  pelo 
belíssimo  canto  da 
sereia!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário.