terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

DEVANEIO MARINHO

Em meus devaneios vi-me um mar...

Era eu águas salgadas do gigante oceano
E minha correnteza vagava mundo afora

Levando comigo saudades dum outrora
Quando em plena limpidez borbulhava feliz
Sem a solidão desenfreada que é poluição...

Mudou o tempo. As águas se tornaram bravias,
Minhas vagas passaram a formar torvelinhos
Anunciando procelas que enrugaram as horas
E alucinógenas tempestades vibraram meu sono...

Sobre as pedras das enseadas joguei desabafos
E sobre a areia branca do litoral deixei lágrimas
Que eram as espumas encardidas onde bolhas
Transgênicas se partiam desoladas e descontentes.
A água doce dos rios contaminou a pureza do meu sal!



DE  Ivan de Oliveira Melo


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