Às vezes paro e penso.
Tento enxergar-me o íntimo.
Há horas que me reconheço.
Há momentos que não sei quem sou...
Então durmo nas brumas do sonho!
Às vezes reflito. Vejo-me morto-vivo
A dardejar-me com as próprias mãos
A consciência que refuta as verdades
Que me assaltam o equilíbrio insano
Das inconsequências dum mundo vil...
Então desperto de devaneios utópicos!
Às vezes matuto. Compreendo o tudo
Já que o nada inscreveu-me no vazio
Onde a hipocrisia faz sua sutil morada
E me condena ao eterno aconchego
De uma fantasia que deprava o real...
Então corro ao encontro de mim mesmo!
Às vezes me avalio. Sou grão de areia
Que o vento sopra à mercê do destino
Condecorando a loucura do estar só
Perante uma imensidão de raciocínios...
Então outra vez estaco. Sou alegoria!
Às vezes me compreendo, às vezes...
Sinto-me poeira de uma estrada solitária
E me cobro de mim o pedágio de viver
Diante de uma plateia que é o cosmos...
Então sei que luto pela sobrevivência!
DE Ivan de
Oliveira Melo
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