Acaricia meus sonhos com quimeras violáceas
E me permite aturdir em vigília desejos róseos...
No infinito de mim mesmo reprimo meus ossos
Até que na primavera possa pintar a Via Láctea.
Beija meus pensamentos com teus lábios rubros
E me sente em tua boca com uma língua ferina
Pronta para decifrar teus enigmas sem propina
E dilapidar nas quermesses de ti, dementes frutos.
Apalpa ideias que meus devaneios te confessam
Ainda imaturas a rolarem onde tanto se protestam
Os dissabores das retinas que nada veem, sentem...
Anistia do presente esse passado que traz peçonha,
Pois sobreviver sem esperança é crise bem medonha,
O futuro não há de compartir sem os incisivos dentes!
DE Ivan de Oliveira Melo
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