sexta-feira, 26 de maio de 2017

RECICLAGEM

Acaricia meus sonhos com quimeras violáceas
E me permite aturdir em vigília desejos róseos...
No infinito de mim mesmo reprimo meus ossos
Até que na primavera possa pintar a Via Láctea.

Beija meus pensamentos com teus lábios rubros
E me sente em tua boca com uma língua ferina
Pronta para decifrar teus enigmas sem propina
E dilapidar nas quermesses de ti, dementes frutos.

Apalpa ideias que meus devaneios te confessam
Ainda imaturas a rolarem onde tanto se protestam
Os dissabores das retinas que nada veem, sentem...

Anistia do presente esse passado que traz peçonha,
Pois sobreviver sem esperança é crise bem medonha,
O futuro não há de compartir sem os incisivos dentes!

DE Ivan de Oliveira Melo


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