Nas tonalidades
azul e verde meu pensamento viaja...
Um misto de amor
e esperança se unem na passarela
E isso envolve
lágrimas que sulcam a face e a pele engravida
Em cada estação
que as palavras pousam sua semântica...
Numa evaporação
de sentidos, há um místico acorde musical
Donde se busca a reflexão que retrate o que se grava no
tear
Lento em que o instante propicia sob a tutela das
despedidas...
Atônitas ficam as horas que fotografam uma mensagem
poética
E um grito laico atravessa os corredores que adornam a arte.
As retinas se constrangem... As mãos picam as letras
bêbadas
Que fazem sangrar a angústia que tempera a rotina
enlouquecida
Do sonho camuflado dentre as paredes dos segredos
indigestos.
Há a sagração de uma solidão que se metamorfoseia de
tranquilidade
E, ao ver-se no alçapão das amarguras, o poema subtrai do
tédio
As nuances do azul romântico e do verde inaudito e
cabisbaixo...
Não há cascalhos nas estradas... O devaneio é a partitura
do óbvio
E a realidade transita sobre os adereços que vestem a
hipocrisia,
Contudo lá fundo do poço todas as apreensões são de nostalgia.
De Ivan de
Oliveira Melo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário.