Sede constante, ó inteligência
minha, não me abandoneis!
Vós tendes em mim fiel
companheiro, astuto patrocinador
Dos ideais os quais está
carente o mundo... Sou vosso ator
Das encomendas que só a
argúcia é capaz de ser o freguês!
O anoitecer, o qual é
vossa alegria, já ronda o céu de outono
E as estrelas luzidias
brilham sobre os mortais da terra úmida!
Passarelas de folhas secas se estendem pelos pátios, a
túnica
Que esconderá vossa abstrata afeição ainda não se sabe
como,
Mas será bordada de puro ouro. Ó inteligência minha, do
amor
Tereis as benesses da ternura e, de mim, conservareis o
gáudio
Que é o regozijo do dever cumprido sob a tutela do
decompor!
Ó inteligência minha, vede e senti que os ventos vos são
dóceis,
Que tudo quanto desejais da minha vontade tendes como
áudio
E, assim, não respirarei segundo vossos antepassados: os
fósseis!
DE Ivan de
Oliveira Melo
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