Sempre espero o amor dentro das madrugadas,
Isso desde os remotos tempos de menino.
Hoje dou guarida a este indomável inquilino
Que me assanha corpo e alma sem emboscadas.
Penso em minha calmaria no amor arquiteto
Que faz de mãos trêmulas relíquia e poesia
E traz dos engenhos celestiais saúde e alquimia
De modo a plantar nos seres o mais puro afeto.
Lentamente se consome do amor a chama
Que incendeia de volúpia os cios ardentes
E é esse o aconchego que o mundo reclama...
Pressentimentos enxergam o libido das mentes
E em altos brados vive-se a real fantasia
De que amar jamais será adereço ou utopia!
DE Ivan de
Oliveira Melo
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