quinta-feira, 19 de julho de 2018

A NOITE É MINHA






O Sol se esconde.
Começam a surgir as estrelas.
A Lua, tímida, clareia o mar
E as águas parecem fontes.

No arrebol do fim do dia,
Os pássaros buscam refúgio,
As corujas cruzam os ares
E o frio noturno traz nostalgia.

Nuvens brancas enfeitam o céu,
As cigarras iniciam uma sinfonia,
Os grilos cricrilam suas fantasias
Sob os ventos que assobiam a granel.

Os jasmins espalham o perfume
Perante os olfatos da Ave-Maria,
É a hora do silêncio que anuncia  
A ladainha do terço que é costume.

Noite adentro, chega a madrugada
Sob a quietude do cansaço e da fome,
Sono e sonhos levados pelas horas
Que envelhecem o mundo, mais nada!



DE  Ivan de Oliveira Melo

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