sexta-feira, 13 de julho de 2018

PAINEL



Cheio de mim contemplo a vida,
Grande é a responsabilidade de ter
Este dom de escrever e fazer dossiê
Do que retrato com a devida medida.

Não é antídoto para dores ousadas
Nem engenho para acalmar insanos,
É uma terapia que interpreta danos
Causados pelas mazelas que bradam

Sobre o Sol que tosta todo o enredo
De uma existência míope, tom azedo
Que faz do respirar excelsa ladainha...

Cheio do tudo contemplo do mundo
Os malabarismos fúteis e o fecundo
Fazer da arte que é tela capuchinha!



DE  Ivan de Oliveira Melo

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