quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

CONTEMPLAÇÃO

Ao clarear do dia
Eu me visto de púrpura
Para assistir ao arrebol
Que se instala
Atrás dos montes.

A lua vai dormir a fadiga
Da madrugada intensa
E as estrelas vão cochilar
Sob a égide do pálido sol
Ainda a esquentar turbinas...

Ressabiada manhã nasce
Aos olhos que contemplam
A mágica metamorfose
Que se opera no tempo
Que é templo de miragem.

Nuvens alvoroçadas pintam
Gigantesco quadro natural
E no frenesi dos contornos
Surgem imagens intuitivas
Açodadas pelos ventos.

Os pássaros despertam,
Rica sinfonia se faz ouvir
E no orvalho do novo porvir
Dou alento aos rumores do dia
Acariciado pelo tom das brisas!




De  Ivan de Oliveira Melo

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