sábado, 28 de fevereiro de 2015

PSICOSE

Astucioso e desvairado, talvez seja eu assim,
Em minha audácia tresloucada sigo em frente
Driblando orgulhos em busca da sutil semente
Que germinada será fruto do que vejo em mim.

Perambulo tonto sobre a esquizofrenia laica
Torneando desejos que parecem mentecaptos,
Em linha reta os vejo livres, então os rapto
E os prendo entre estribilhos de minha mágica.

Pareço néscio? Não! São atributos de vanguarda
Que tento entronizar e a eles dou minha farda
A fim de que sejam os anfitriões do meu castelo...

Trata-se de uma alienação que protege o nome
E o dá aos cabedais prosaicos que se consomem
Sonhos reais que estão entre os mais belos!




De Ivan de Oliveira  Melo   

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