terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

HORAS TARDIAS

Como balouça triste o cipreste,
Folhas secas atapetam o chão
E o vento, malandro,  é o vilão
Que sopra poeira e não se veste.

Pálida sombra que me deixa ébrio
Diante do calor que é pura agonia,
Gente que pranteia sua melancolia
No espaço incômodo do cemitério.

Longas horas me consomem a tez
Sazonada pela brisa rala e quente
Que impunemente me maltrata...

Sob o vulto da árvore é minha vez
De chorar num tempo intermitente
O húmus da saudade e da serenata!



De  Ivan de Oliveira  Melo


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