segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

SINTOMÁTICO

Sob a noite me desmantelo e me aprumo
Olvidando catarses que me ponham medo,
Dialogo em mim, confesso-me em segredo
Sobre inconstâncias que furtam meu rumo.

O silêncio constrange e o coração palpita
Desfazendo nas linhas macabras da escuridão
Os anelos que cegam e roubam pudor à paixão
Que alucina e torna a vida secreta e maldita...

Ouço a própria voz a diluir sonhos enfeitiçados
E carentes que me torturam anseios flagelados
Pela inadimplência do amor que anda em férias...

Adormeço e desperto... Profunda via de tédio
Aboleta-se em meu corpo dilatando hemisférios,
Provocando a compreensão das minhas misérias!





De  Ivan de Oliveira Melo

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