sábado, 27 de agosto de 2016

PARECE-ME

Parece-me que a verdade acredita na mentira
Consoante estratagemas do ócio sobre a luta
Que incorpora retalhos dos detalhes previstos
Nas manifestações ocas da realidade inócua…

Perece-me que os sonhos não creem no destino
Visto que se vestem de farrapos ante a riqueza
Que pulveriza as paupérrimas acepções da vida
E descrevem alfarrábios sem o labor da escrita.

Parece-me que o mar desconfia de suas ondas
Uma vez que se quebram perante finas rochas
E ensaboam a areia de uma espuma azeda e fria
Catalisadora das dunas que tragam tempestades.

Parece-me a vigília dorme e o sono é o produtor
De um dialeto que comunica a simetria do tempo!




DE Ivan de Oliveira Melo

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