O homem é uma
parábola.
Ele se
desenvolve em meio
A uma analogia meio
indireta,
Contudo seu
caminho no mundo
Deveria ser
sempre em linha reta.
Se o fim
justifica os meios,
Parece que o
homem é de permeio,
Pois no mundo
material é finito
Enquanto
infinita é a existência.
Se o homem
existe porque pensa,
O que dizer da
vida regada pelo instinto?
Entre a
racionalidade e o irracional
Há uma gangorra
que causa desavença,
Porquanto há
alegorias do infinitesimal
Que tornam os
não pensantes inteligentes.
O homem não é
alfa nem ômega,
Ele é delta
calculado por gama e Pi
E tem estágios
numéricos indiferentes
Que circundam a
essência do analfabeto
Fazendo de todas
as mentes algo esperto
Em que alma é o
júbilo do viver onisciente.
Apele-se à
Criação para resolver o enigma:
De uma simples
costela de barro houve sopro,
Então permitamos
que os ventos soprem aleluia
E retiremos do
conhecimento baldes de cuia
Visto que
estamos sempre a renascer de novo.
Sim, o homem é
uma parábola e, de acordo
Com todos os
conceitos físicos e químicos,
Um dia
tornar-se-á matéria inorgânica...
Isto não contém
qualquer novidade. Motivo?
É que inorgânicas
são as atitudes humanas
Perante os
mistérios do divino em relação
Ao barro. O
homem é apenas átomo, nada mais!
DE Ivan de Oliveira Melo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário.