sexta-feira, 4 de agosto de 2017

RETICÊNCIA

Talvez eu seja uma reticência...

Sim, há coisas que deixo no ar,
Há palavras que caem no mar...

Pensamentos fogem de mim
E se escondem entre as nuvens
Dum céu plúmbeo e argênteo.

Sonhos ebúrneos me sacolejam
Diante dum tempo invernoso,
Onde o sono já não é mais gozo,
Tampouco fantasias de algodão...

É possível que seja eu reticência
De minha paixão insana e febril...
Há segredos trancafiados no sal
Dos meus raciocínios e vizinhos
Do açúcar que adoça a primavera!



DE  Ivan de Oliveira Melo

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