Meu sangue é água.
Bebe, sacia tua sede!
A vida está
sedenta. Faminta… Que horror!
Rios, mares
poluídos. Resta a água do esgoto,
A lama podrida que
fede. É o olfato da miséria
Que se alastra pelos
quilombos da existência
Sem deixar rastros
potáveis. Restam os poços
Construídos sob a
égide de que água é a fonte
Que limpa a
imundície cavada nas entranhas
E alimenta o íntimo
desiludido perante a vida!
Meu sangue é água.
Toma, lava teu egoísmo
E sacia em tuas
vertentes a gulodice da alma!
Come teus propósitos
à mercê da vermelhidão
Imaculada e virgem
das intempéries do sadio
Líquido que te
ofereço… Toma do copo, bebe!
Deixa somente por
minha conta a água do olhar…
DE Ivan de Oliveira
Melo
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