domingo, 5 de fevereiro de 2017

HINO À VIDA

Se a felicidade pranteia minha ausência
É porque a tristeza desbotou-se diante da luz
E os sorrisos macabros
Tentaram envenenar minh’alma!

Viver em abundância – Eis a profecia
Que incute no homem esplendor e glória!

Sentimentalismo profundo é o cardápio
Que torna a criatura abençoada e feliz!

Vida não é devaneio, nem nada relativo…
A existência se funde num carisma
Em que o absoluto é a razão do ser
E de ser a fecundação de uma magia
Em cujo termômetro se implode contentamento!

Vida é chama, é centelha que se inflama
Perante o galardão da hipocrisia
Que é espírito infecundo e rasga do bem
A força que traduz a fortaleza do mundo são!

Não é a felicidade que chora por mim…
É a nostalgia que declama no orvalho
Do viver, o respirar da sofreguidão!

Não é a tristeza que desbota o senso da paz…
Muitas vezes é a solidão que clama presença
E faz do tempo, alfarrábios de amor!

Não estou ausente do galardão que irradia
No festival da fortuna, o templo da paixão!

Sorvo vida! Respiro vida! Sou vida!
E, diante de mim, a morte também é vida,
Posto que está cientificamente provado:
Nada se perde, tudo se transforma!”

E viver, sobreviver, respirar,
Tudo são normas
Da primavera que se alia às outras estações
Neste imenso e intenso latifúndio de beleza
Que se simplesmente se chama: vida!



DE Ivan de Oliveira Melo

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