Rascunho meus medos
dentro de mim,
Em cada instante
perigos me amedrontam,
É como se eu
estivesse numa esquina deserta
Onde houvesse
construções abandonadas,
Carros pretos sem
condutores a correrem
Sem direção e as
lamparinas dos postes
Apagadas… Noite
erma, soluços das estrelas!
Escrevo das minhas
alucinações sobre fantasmas
Sem sombras, mas de
vultos ardentes e sensuais
A formigarem em
minha imaginação fértil e só…
Tremo da cabeça aos
pés, terrível horror à mercê
Das inconsequentes
manifestações de um ego
Catalisador de
ideias sonâmbulas e migratórias.
Ouço vozes que só
existem em minha mente
Conturbada pelas
madrugadas frias. Gritos da lua!
Leio mensagens
decodificadas do além pelas almas
Que vivem a
manifestar-se nas solidões da dor…
Choro na penumbra de
mim mesmo e tagarelo
Palavras que
encontram eco em minha inconsciência
Já flagelada pela
fobia de uma escuridão intensa…
Corro na esperança
de uma saída emergencial
E me deparo com
paredes rígidas e uma névoa
Que encobre o brilho
da sabedoria enclausurada
No medo interior…
E chego ao exterior de um sonho
Em que a luz
radiante do dia mostra o encanto
Que é o sorriso do
sol perante as nuvens de sofreguidão!
DE Ivan de Oliveira
Melo
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