domingo, 5 de fevereiro de 2017

PARADOXAL

O silêncio implode o manjar da quietude
Enquanto o barulho, rente à tranquilidade,
Adormece diante de devaneios e saudade
E, o mundo, o deserto que sonha amiúde…

Busca-se calmaria nas algazarras do dia,
Entretanto se percebe zoada dum vazio
Que é o sossego cheio de estampido e cio
Que as noites tecem em segredo, todavia…

No estrépito remanso que o tempo costura
Há a serenidade que é o fragor da usura
Relampejando o escarcéu da vida e da paz…

O repouso da balbúrdia é um cardápio vivo
Que o alarido mudo estampa de improviso
No mutismo que é estrondo que grita demais!


De IVAN DE OLIVEIRA MELO




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