sábado, 18 de fevereiro de 2017

ÚLTIMA LÁGRIMA

Lá se foi a última lágrima do dia
Cheia de amargura a rolar nas calçadas,
E por sentir-se intrusa e desamparada
Deixou no bueiro cair tanta agonia.

Sem jardins, sem perfume e sem flores
O quotidiano a absorveu perante hinos
Que se ouviam pelo trepidar dos sinos
A ribombar pela tagarelice dos rumores

Que trouxeram dor, insana e vil tirania!
E a lágrima evaporou-se na sutil fantasia
De esconder-se dos pseudo sentimentos!

Adiante noutras lágrimas ainda perdidas
Pôde-se compreender que são as feridas
De amor a causa de fecundos tormentos!


DE Ivan de Oliveira Melo




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