segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

ORTODOXIA

Dia denso… Arrepios intensos… Uivos!
Abutres que cruzam os céus meio cinza
Rodopiam sobre as árvores do cemitério
Festejando o odor da areia úmida e rala.

Profundo nevoeiro entrelaça as criaturas
E as leva aos confessionários da atmosfera
A sorver o pânico estarrecedor dos trovões
Que respondem aos riscos dos relâmpagos.

Torrencial chuva desaba sobre as tragédias
Encaracoladas da natureza… Encruzilhadas
Mortas pelo terrorismo homicida dos ventos

Que circulam destoantes dentre os caracóis
Usurpadores do néctar e do orvalho vegetal…
Não há silêncio… Há ecos do medo da noite!


De Ivan de Oliveira Melo





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