Sinto-me cadáver da cripta moribunda
E meus olhos, já roídos, veem o vexame
Duma putrefação que é a sístole madame
Que se instala no apogeu da cova funda.
Percebo-me macerado... Tempo incógnito
Que ultraja o vigor da vida, dilapida oxigênio
Para que os parasitas se fartem como prêmio
Do anfitrião que lhes fornece o manjar insólito.
A gangrena é o ápice do corpo assaz violentado
Pela bruma carnívora das cavernas sepulcrais...
A histologia não usa radares, nem pesquisas anais.
Vejo-me consumido por um “front” e amaciado
Numa desventura que rasga todos os preceitos...
Vítima da imundície inorgânica e do desrespeito!
DE Ivan de
Oliveira Melo
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