domingo, 25 de agosto de 2013

Cenário Redivivo


Desabou  uma  ponte  sobre  majestosa  nave
E  rompeu-se  o  silêncio  de  aconchego  das  preces,
Entre  os  escombros  da  ruína  pânico  foi  quermesse
De  pensamentos  feridos  pela  ousadia  do  desastre.

Os  ventos  que  sopram  a  poeira  pelo  espaço
Carregaram  sonhos  partidos  na  tragédia,
Nos  destroços  desvendou-se  intacta  enciclopédia
Em  que  segredos  guardavam  palavras  em  pedaços.

Desejos  do  mundo  borbulhavam  numa  cratera
Dizimados  por  ondas  elétricas  que  soterram
Em  plena  atmosfera  aspirações  arcaicas  desiludidas...

Sol  e  chuva  fecundaram  objetivos  ainda  brotos
Reconstruindo  altares  sobre  os  infectos  esgotos

Sugados  por  ideais  de  novos  viadutos  erigidos!  

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