terça-feira, 20 de agosto de 2013

Ídolo e Amor




Sempre  colhi  flores...
Um  dia  colhi  uma  rosa  que  me  sorriu...
Tinha  essa  rosa  um  coração  infantil
Que  logo  se  tornou  o  maior  dos  meus  amores.

Palpitei  forte..  cheguei  a  chorar  de  alegria,
Seduzi-me  com  seus  olhos  aveludados,
Pele  de  marfim,  cabelos  de  seda  aloirados
E  eu  a  curtir  um  sentimento  que  me  consumia...

Durante  dois  anos  vivi  tardes  de  primavera
A  contemplar  sua  beleza  que  era  meu  mundo,
Em  meu  âmago  desvendei  um  amor  profundo
E  sua  essência  ainda  hoje  adorna  minha  janela.

A  vida  nos  separou,  fui  andar  distante,
Vez  por  outra  visitava  a  razão  do  meu  viver,
Coisa  linda  que  me  enchia  a  existência  do  prazer
Que  fez  de  mim  escravo  de  uma  saudade  ambulante.

Soube  que  essa  rosa  seguiu  seu  destino
E  foi  perambular  por  um  novo  roçado,
Sofri  a  ausência  do  contato lado  a  lado
E  tomei  conhecimento  que  os  céus  lhes  deram  um  menino...

À  distância  abençoei  a  chegada  do  seu  rebento
E  orei  para  que  sua  nova  era  fosse  feliz,
Todavia  me  parece  que  assim  o  universo  não  quis
E  eis  que  a  rosa  retorna  para  meu  contentamento.

No  mesmo  canteiro  do  meu  jardim
A  rosa  voltou  acanhada  a  me  sorrir,
Com  sua  elegância   inata  a  me  consumir
E  seu  aroma  inebriante  outra  vez  tomou  conta  de  mim...

Flor  de Lis,  você  é  o  aconchego  dos  meus  findos  anos,
É  a  flor  que  faz  brotar  de  amor  meu  coração,
É  a  centelha  que  me  faz  explodir  de  paixão,
Ídolo  único  a  quem  digo:  é  você  que  eu  amo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário.