Sempre  colhi  flores...
Um  dia  colhi 
uma  rosa  que 
me  sorriu...
Tinha  essa  rosa 
um  coração  infantil
Que  logo  se 
tornou  o  maior 
dos  meus  amores.
Palpitei 
forte..  cheguei  a 
chorar  de  alegria,
Seduzi-me  com  seus 
olhos  aveludados,
Pele  de  marfim, 
cabelos  de  seda 
aloirados
E  eu  a 
curtir  um  sentimento 
que  me  consumia...
Durante  dois  anos 
vivi  tardes  de 
primavera
A  contemplar  sua 
beleza  que  era 
meu  mundo,
Em  meu  âmago 
desvendei  um  amor 
profundo
E  sua  essência 
ainda  hoje  adorna 
minha  janela.
A  vida  nos 
separou,  fui  andar 
distante,
Vez  por  outra 
visitava  a  razão 
do  meu  viver,
Coisa  linda  que 
me  enchia  a 
existência  do  prazer
Que  fez  de 
mim  escravo  de 
uma  saudade  ambulante.
Soube  que  essa 
rosa  seguiu  seu 
destino
E  foi  perambular 
por  um  novo 
roçado,
Sofri  a  ausência 
do  contato lado  a  lado
E  tomei  conhecimento 
que  os  céus 
lhes  deram  um 
menino...
À  distância  abençoei 
a  chegada  do 
seu  rebento
E  orei  para 
que  sua  nova 
era  fosse  feliz,
Todavia  me  parece 
que  assim  o 
universo  não  quis
E  eis  que 
a  rosa  retorna 
para  meu  contentamento.
No  mesmo  canteiro 
do  meu  jardim
A  rosa  voltou 
acanhada  a  me 
sorrir,
Com  sua  elegância  
inata  a  me 
consumir
E  seu  aroma 
inebriante  outra  vez 
tomou  conta  de 
mim...
Flor  de Lis,  você 
é  o  aconchego 
dos  meus  findos 
anos,
É  a  flor 
que  faz  brotar 
de  amor  meu 
coração,
É  a  centelha 
que  me  faz 
explodir  de  paixão,
Ídolo  único  a 
quem  digo:  é  você
 que 
eu  amo!
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