sábado, 24 de agosto de 2013

Sol da Manhã


Adormeço  a  cabeça  sobre  o  pensamento
E  em  ritmo  de  valsa  o  sonho  navega  solene,
Nas  encruzilhadas  dos  enigmas  oníricos  se  desentende
Com  pesadelos  que  mergulham  devaneios  nos  mares  do  sofrimento.

Em  cadeia  as  reflexões  tombam  desacordadas
Desafiando  raciocínios  que  nadam  contra  a  corrente,
Redemoinhos  fantasmas  convidam  ideais  que  são  serpentes
Para  afogarem  no  lamaçal  das  angústias  peçonhas  hidratadas.

No  alvoroço  que  causa  o  fluxo  da  alta  maré,
Gigantescas  ondas  excluem  do  oceano  pé  ante  pé
A  vida  humana  que  busca  refúgio  na  solidão  da  úmida  areia...

Depois  que  o  mar  se  acalma  perante  procelas  mortas,
Ventos  alísios  enxugam  a  dor  e  devolvem  à  aorta

A  consciência  liberta  que  o  pálido  sol  da  manhã  pranteia!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário.