A vida me
faz moleque,
É que o
solo em que piso é
movediço,
Pântano que me
corrói e bem
sei disso
E cada vez
mais sou ingerido
como um croquete.
As horas me
tornam vagabundo,
É que nos
labirintos do tempo
me vejo perdido,
Nas estradas os
espinhos perfuram meus
sentidos
E em gotas
de sangue agonizo
moribundo.
Na
consciência sou um
solidão que chora
Farrapos e retalhos
que me embrulham
sem demora
Como dossiê proibido
de ejacular nas
lembranças...
Terreno
baldio em que
o lixo incendeia
o crepúsculo,
Cinza
assoprada pelos ventos
que alimentam furúnculos
Que crescem da
saudade carbonizada pela
infância!
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