Vejo-me
atordoado perante o
tempo,
Segundos e minutos
lambem meu instinto,
Nas horas que
correm não sei
o que sinto,
Apenas o medo
de envelhecer sem
meu consentimento...
Minha
jovialidade é amarga...
deveras idosa,
Nas folhas que
caem a transmutação
é serena,
Minha pele torna-se
áspera, provoca-me o dilema
De ver-me ancião
dentre uma juventude
formosa...
Tenho horror do
amanhã... relógio é
incidente
Que me faz
dobrar-me sobre enigmas
do meu temor,
Queria ter um
nascer a cada
instante, ser senhor
Da
metamorfose que em mim se
opera inconsciente...
Meus olhos adormecem
ressabiados... ainda sou
criança,
Mas despertam assaz
desesperados... receosos de
serem lembranças!
From: Ivan Melo
To: Aero Vignesh
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