domingo, 18 de agosto de 2013

Perdido no Tempo


Vejo-me  atordoado  perante  o  tempo,
Segundos  e  minutos  lambem  meu  instinto,
Nas  horas  que  correm  não  sei  o  que  sinto,
Apenas  o  medo  de  envelhecer  sem  meu  consentimento...

Minha  jovialidade  é  amarga...  deveras  idosa,
Nas  folhas  que  caem  a  transmutação  é  serena,
Minha  pele  torna-se  áspera,  provoca-me  o  dilema
De  ver-me  ancião  dentre  uma  juventude  formosa...

Tenho  horror  do  amanhã...  relógio  é  incidente
Que  me  faz  dobrar-me  sobre  enigmas  do  meu  temor,
Queria  ter  um  nascer  a  cada  instante,  ser  senhor
Da  metamorfose  que  em  mim  se  opera  inconsciente...

Meus  olhos  adormecem  ressabiados...  ainda  sou  criança,

Mas  despertam  assaz  desesperados...  receosos  de  serem  lembranças!


From: Ivan Melo
To:  Aero Vignesh

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário.