domingo, 11 de agosto de 2013

O que é que há?


O  que  é  que  há?
Ninhos  de  solidão,  horas  tristes...
Noites  mal  dormidas  que  insistem
Em  sepultar  sonhos  na  perpendicular!

O  que  é  que  há?
Saudades  amarelas  que  o  tempo  desbotou
Fazendo  ruir  em  paralelas  dons  do  amor
Que  agora  são  exéquias  levadas  pelas  vagas  do  mar...

O  que  é  que  há?
Lágrimas  provocam  umidade nas  conchas  da  tez,
Na  unidade  do  senso  tudo  tem  sua  vez
E  até  os  ventos  choram  a  nostalgia  que  perece  devagar...

O  que  é  que  há?  Donde  tanto  azedume?

É  que  a  vida  se  traveste  em  cada  odor  de  perfume!

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