segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Cio Apoteótico


Sob  luz  de  velas
Afrodisíaco  jantar  foi  servido,
Num  corpo  sensual  servi-me  do  aperitivo
E  de  um  apetite  liberto  das  procelas.

Vez  por  outra  uma  lágrima  caía  a  escorrer
Salpicando  os  candelabros  de  finíssimo  tom,
Na  centelha  que  pisca  nota-se  como  é  bom
Saciar  da  fome  o  feitiço  do  prazer.

Ambiente  em  penumbra  instiga  voraz  idílio
Que  se  consuma  sussurrante  sem  desperdício
Num  silêncio  em  que  burburinhos  são  orgia...

Anatomias  exaustas  buscam  nos  delírios  a  overdose
Que  as  sensações  fotografam  em  ritmo  de  apoteose

Consoante  retalhos  de  horas  emolduradas  em  colchas  macias!  

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