Sob  luz  de 
velas
Afrodisíaco 
jantar  foi  servido,
Num  corpo  sensual 
servi-me  do  aperitivo
E  de  um 
apetite  liberto  das 
procelas.
Vez  por  outra 
uma  lágrima  caía 
a  escorrer
Salpicando  os  candelabros 
de  finíssimo  tom,
Na  centelha  que 
pisca  nota-se  como 
é  bom
Saciar  da  fome 
o  feitiço  do 
prazer.
Ambiente  em  penumbra 
instiga  voraz  idílio
Que  se  consuma 
sussurrante  sem  desperdício
Num  silêncio  em 
que  burburinhos  são 
orgia...
Anatomias  exaustas  buscam 
nos  delírios  a 
overdose
Que  as  sensações 
fotografam  em  ritmo 
de  apoteose
Consoante  retalhos  de 
horas  emolduradas  em 
colchas  macias!  
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