Sou alma, do mundo me
escondo,
Uma solidão atroz é meu
alimento,
Dentre jazigos meu vulto
é o vento
Que se refugia pálido,
meio tonto.
Forte é o calor e meus
ossos suam
Queimando as vértebras
da carcaça,
Mas um último gole provém
da taça
É meu sangue, vinho que
me cultua.
Meu esqueleto sente sede
de morte,
Repele a fome e aos
insetos agita
Enquanto minha
consciência dorme...
Erma é a noite, desertos
são os dias
E eu ali, alma afoita e
o peito palpita
Num catre espesso e sem
fantasias!
DE Ivan de Oliveira Melo
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