Da dia: sou forasteiro e
grumete...
Da noite: sou amante
inveterado...
Da dor: sou vagabundo
malcriado...
Das horas: sou tempero,
sou tiete...
Do tempo: sou chuva, sou
arrebol...
Das estrelas: sou brilho
e estribilho...
Da vida: sou construtor
e ladrilho...
Do sorriso: sou calor e
luz do sol...
Da tristeza: sou inimigo
que chora...
Da hipocrisia: animal
que devora
A tabuada que a mentira
subtrai...
Da sensualidade: sou
volúpia, tesão...
Da sensibilidade:
apetrecho do coração
E do amor sou mártir,
poesia e haicai!
DE: Ivan de Oliveira
Melo
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