Eu sou apenas ilusão
Diante dos olhos do mundo...
Sou saudade, sou solidão,
Sou página virada do borrão
Que contém salpicos de lágrimas,
Lágrimas que alimentam os rios
E desabam de extensa cachoeira...
Eu sou apenas ilusão
Diante dos olhos do mundo...
Sou brisa, sou tempestade,
Sou arco-íris do pudor
Que se aconchega à paixão,
Paixão que envenena a alma
E me faz sorrir de sofreguidão...
Eu sou apenas ilusão
Diante dos olhos de mundo...
Sou chuva, sou procelas,
Sou a energia dos relâmpagos
Que joga sobre a terra o trovão,
Trovão que me assanha o libido
Carente de tanto amar a emoção...
Eu sou apenas ilusão
Diante dos olhos do mundo...
Sou o beijo, sou a carícia,
Sou a ternura que extermina a dor
E a joga nas trincheiras da liberdade,
Liberdade que sacia a sede de viver
Dentre as intempéries das sensações...
Eu sou apenas ilusão
Diante dos olhos do mundo...
Sou revista, sou notícia,
Sou o mancebo das alvoradas
Que perambula pelos desertos,
Desertos inscritos nos jornais
Das consciências ingênuas...
Eu sou apenas ilusão
Diante dos olhos do mundo...
Sou a verdade, sou o feitiço,
Sou agente das noites estelares,
Namorado dos astros metafísicos,
Metafísicos que diante do sol se pôr
Abrem os braços à cata do amor...
Eu sou apenas a ilusão
Que busca colorir o coração!
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