Perante o espelho
visto-me de gente
E num reflexo atônito
sou indigente
De uma ótica inflexível
e inconstante.
O espelho me parece
mágico, convexo;
Há um êxtase em mim meio
sem nexo
Que me traz uma
surrealidade distante...
Olho-me em todas as
direções, discreto;
Percebo oásis camuflados
dentre a pele
E sinto uma sede
superficial que impede
De saciar a ventura de
ver-me concreto.
Excito a imaginação de
abstratas ondas
Que me levam ao
precipício das rochas;
Minha mente torna-se
bipolar e arrocha
Secretos desejos que são
sutis arapongas!
DE Ivan de Oliveira Melo
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