Há demônios nas encostas
do organismo...
Cotidianamente teço
bravatas na surdina
A fim de expulsar os
espantalhos do corpo
Que me assediam
diuturnamente sem cessar...
Canto ladainhas como
mantras de libertação
E me percebo aliciado
por nocivos carrapatos
Que me sugam da
eloquência, a inspiração...
São diabetes que buscam
plagiar meus versos
E entocá-los no solo das
amarguras anacrônicas
Donde se extrai o
lirismo das forças ocultas...
Capetas dilaceram a
ênfase inata das analogias
Circuncidando no ponto
crucial, o pensamento.
Tombo intimado a refazer
o abecedário do ritual,
Posto que encontro-me
invadido por inimigos
Que entoam na canção
última, inesperada derrota!
DE Ivan de Oliveira Melo
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