domingo, 5 de junho de 2016

DIÂMETROS

Há distâncias que não se mensuram...

Mais fácil medir uma ausência sentida
E em sua dimensão calcular a perda...

Pode-se alçar voos sem limites, infinitos,
Todavia as transcendências não se calam,
Pois é a vontade que governa o íntimo...

Profundos labirintos expõem desilusões
E tecem na obscuridade o palor do tormento
Conquanto sem forma e sem fogo, é água...
Remotas são esperanças que por aí navegam!

O poeta amargura o verso e o depõe lírico...
Tortura as palavras e as impõe sentidos léxicos
Exigindo em seus malabarismos, o fio semântico.
Assim se calcula distâncias, constroem-se ausências
E se destrói a pureza que habita um sentimento!


DE  Ivan de Oliveira Melo

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