domingo, 12 de junho de 2016

SOMBRAS

Nas sombras da noite eu me levava
Pelas trilhas do silêncio até a aurora.
Via renascerem fantasias de outrora
E bebia do sol pálido a luz dourada.

No denso aroma notei o corpo suave
E como um vulto andei sobre conchas
Que são desejos que se desmancham
Sob o pudor dos vícios que são claves.

Tímido sentimento brotava displicente
Dentre as inflexões tombadas pelo cio,
Percebia-me em nudez o corpo doentio
Pelo viço que me maltrava de repente...

Deixei o prazer secar a volúpia infante
E nas sombras da noite fui o eu d’antes!


DE Ivan de Oliveira Melo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário.