quinta-feira, 9 de junho de 2016

NEVOEIROS

Meus dedos acariciam o vento
Que ruge desvairado e soberbo
Enquanto isso sozinho eu bebo
E ao pensamento hostil enfrento.

Velo pelo frescor do que é brisa,
Minhas mãos afagam tempestades
Que cruzaram no tempo as idades
E deixaram rastros que é só cinza.

Meus pés pisaram nos torvelinhos
Que levaram barcos tão novinhos
Ao inescrupuloso fundo dos mares...

Olhei nas brumas das horas incertas
Vendavais que sopraram sobre setas
Dos corações mutilados nos altares!


DE Ivan de Oliveira Melo

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